ONDE ESTÁ O OITAVO PÃO?
Texto Base : Mc. 8:1-9
Ponto da palavra : confiança plena em Deus.


Este é um milagre diferente do que aquele descrito no capítulo 6, quando Jesus alimentou mais de cinco mil pessoas.

Vocês lembram da ministração de domingo passado, sobre a multiplicação dos pães e o milagre de andar sobre as águas ?
Vocês lembram o que Jesus disse? Que eles não conseguiam entender tudo que estava acontecendo porque não tinham entendido o milagre da multiplicação dos pães. Mas parece que o coração deles ainda continuavam duros depois de algum tempo…

A Segunda multiplicação dos pães fala sobre o ato de confiar em Deus plenamente! Na primeira multiplicação, a maioria das pessoas alimentadas eram judias.

  1. A primeira multiplicação, dirigida aos judeus, aconteceu com cinco pães (cf. Marcos 6,38). Para os judeus, o 5 é um número muito forte simbolicamente, pois representa o Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia, que contém a Lei de Moisés e eram o “alimento da alma judaica”. Jesus, com5 pães, diz que Ele é o novo alimento que renova a antiga aliança.

 

A segunda multiplicação dirige-se aos pagãos e acontece com sete pães (cf. Marcos 8,5). Segundo a crença popular, existiam no mundo 70 nações pagãs, sua lista, inclusive, aparece na Bíblia (ver Gênesis 10). Por isso, é 7 o número de pães mas adequado para representar.


Agora, Jesus ensinava e curava uma multidão de gentios, na região de Decápolis. Decápolis era uma região onde o povo pouco conheciam Jesus.

Jesus e seus discípulos estavam pregando sobre arrependimento.

 

Em Decápolis, eles adoravam divindades, se prostituíam, blasfemavam, bebiam e matavam. Um estilo de vida que eles achavam corretas. Jesus foi até lá para ser luz para aquele povo.


Veja que na primeira multiplicação, os pães eram de um jovem. Na segunda multiplicação, os pães eram dos discípulos.

 

O primeiro relato diz que as pessoas vinham de cidades vizinhas (cf. Marcos 6, 33), lembrando o povo judeu que cercava Jesus.

Já a segunda narrativa diz que havia gente vinda de longe (cf. Marcos 8,3), representando as nações pagãs, afastadas dos judeus.


As pessoas estavam três dias ouvindo a pregação de Jesus. Eles estavam sedentos pela verdade. Famintos pela Palavra!. Todos estavam em jejum durante esses três dias!(aponta para ressurreição).

 

Três dias não fazendo outra coisa, senão ouvindo Jesus falar aos seus corações. 

Ninguém queria ir embora, eles queriam ficar lá! 

Então o Senhor teve compaixão daquelas vidas.

 

Por estarem fracos, Jesus ficou preocupado com aquela multidão!. Não queria que ninguém desmaiasse quando voltassem para suas casas. Jesus pergunta aos seus discípulos quantos pães eles tinham.

 

A resposta foi imediata: SETE PÃES!


Os discípulos devem ter se lembrado do milagre acontecido à um tempo atrás, quando Jesus multiplicou cinco pães no meio dos judeus.


Na primeira multiplicação Jesus alimentou uma multidão de 5 mil homens. No final, sobraram DOZE CESTOS. Era para os discípulos se alimentarem.

Na segunda multiplicação, havia apenas 4 mil pessoas!. Dos sete pães e alguns peixinhos, sobraram SETE CESTOS. Por que só SETE CESTOS se a quantidade de pessoas era menor?.

 

  1. Na primeira multiplicação, eram 5.000 homens (cf. Marcos 6, 44). Como vimos, o 5 é sagrado para os judeus.

Na segunda multiplicação, eram 4.000 homens (Marcos 8,9). Quatro representa os quatro pontos cardinais da terra, ou seja, a multidão de toda a terra.

 

Será que o poder de Jesus não era mais o mesmo?. Será que o milagre não foi maior porque Jesus estava muito cansado? Sabe qual foi o mistério?. A explicação é esta:

 

O milagre não foi maior por causa da INCREDULIDADE deles!. Os discípulos não entregaram todos os PÃES!.

 

ELES ESCONDERAM O OITAVO PÃO!!


Na verdade, possuíam OITO PÃES, mas entregaram apenas SETE!.

 

Jesus multiplicou mesmo assim e alimentou as 4 mil pessoas!. Como é que eu sei que eles esconderam o OITAVO PÃO?.


Está na bíblia!. Leia atentamente o que diz Mc. 8.14 – “ E eles se esqueceram de levar pão, e no barco, não tinham senão UM PÃO!

 

Dos SETE CESTOS que sobraram, os discípulos tinham esquecido de levar pão para a viagem que iam fazer até Dalmanuta. A intenção deles era guardar um “pão de reserva”, o “pão da emergência” para que Jesus pudesse utilizar numa outra ocasião!

 

Vs. 15 – Jesus sabia que os discípulos haviam escondido no barco o OITAVO PÃO!. No barco, Jesus indignado censurou os discípulos dizendo:

 

“Guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes!” (v.15)

 

Jesus estava dizendo: Não sejam hipócritas!. Vocês acabaram de praticar as mesmas atitudes dos fariseus! Estão preocupados com coisas exteriores. 

 

Os discípulos de Jesus continuavam inseguros quanto à sua sobrevivência e se preocupavam com as coisas materiais, mesmo depois de Jesus mostrar a eles prodígios e milagres como o da multiplicação dos pães e dos peixes. Eles ainda não compreendiam, porque tinham o pensamento obscurecido pelas coisas não espirituais e porque não conseguiam escutar Jesus com o coração. 

Jesus, então, lhes advertia: “Vós tendes o coração endurecido”? Nós também, ainda hoje, somos inseguros, pois, “tendo olhos, nós não vemos e tendo ouvidos, nós não ouvimos”. O nosso coração também fica endurecido algumas vezes porque somos limitados e não distinguimos as coisas mais além do que elas aparentam.

 

  1. 17-21 – Jesus indignado fala para seus discípulos: vocês estão com o coração endurecido e os olhos fechados!. Não conseguem perceber que EU SOUtudo que vocês precisam!. EU SOU O EU SOU!!!

 

Eu sou o PÃO DA VIDA!. Eu sou o PÃO DO MILAGRE!.

 

FERMENTO DOS FARISEUS: VIDA DE APARÊNCIA, VIDA DE HIPOCRSIA, VIDA BASEADA NA RECONPENSA, VIDA DE TRADIÇÃO (IMPEDE MOVER DE DEUS),

Os OITO PÃES  entregues representariam A VERDADEIRA CONFIANÇA A DEUS. 

A nossa verdadeira fé!. A nossa devoção! REVELAÇÃO. 

 

O número 8

O número oito significa ressurreição ou novo começo. Na verdade, a ressurreição é um novo começo. É alguém que morreu, ressuscitou e está tendo um novo começo. Por isso, o domingo é o nosso dia de descanso, pois é o dia da ressurreição. O domingo, para nós, não é só o primeiro dia; para nós é o oitavo também, o dia do recomeço, da nova criação. 

A Bíblia fala que oito pessoas saíram da arca, simbolizando ressurreição, porque passaram pela morte no dilúvio e saíram para uma nova vida. A circuncisão ocorria no oitavo dia, porque circuncidar significa cortar a carne, daí ter que ser ao oitavo dia para simbolizar ressurreição. Davi era o oitavo filho. O leproso era purificado no oitavo dia. As primícias eram trazidas no oitavo dia. O sacerdote trabalhava no oitavo dia da consagração. A transfiguração se deu no oitavo dia para mostrar que depois da ressurreição nós seremos glorificados (Lc 9.28-36).

 

O OITAVO PÃO não foi entregue por causa do medo, da incredulidade!. 

Ainda não tinham revelação de quem era de FATO JESUS .

Podemos dizer que seus corações ainda estavam sem entender a verdadeira graça, ainda havia neles o fermento da lei, da meritocracia, da justiça própria. 

Nós também muitas vezes temos expressões de fé semelhantes! 

Por isso que muitas vezes só recebemos o básico, mas Deus já nos provou que quer nos dar em fartura, lembra da multiplicação que todos comeram até se fartar.

Em todas as áreas de nossa vida, o Senhor já nos deu em abundância, precisamos ter atitudes que expressam essa fé.

 

PRECISAMOS ENTRAR EM 2021 CONFIANTES EM DEUS, CONFIANTES EM SUAS PROMESSAS, QUEM CONFIA ENTREGA, QUEM CONFIA DECLARA, PRECISAMOS DECLARAR AS VERDADES QUE QUEREMOS VIVER.

Quem confia exerce fé, não esconde nada de Deus, ao contrário da tudo para Deus quanto E’le pede, de tempo, sirva, oferte, dizime, ame incondicionalmente.

Se queremos andar sobre as ÁGUAS e viver o sobrenatural de Deus, precisamos compreender que o Senhor e nossa total suficiência, que Nele temos tudo que precisamos.

 

 

Sabe o que significa espiritualmente o OITAVO PÃO escondido?.

 

1 – O OITAVO PÃO significa a nosso coração ainda  ENDURECIDO PARA DEUS


2 – O OITAVO PÃO significa as nossa falta de REVELAÇAO DO AMOR DE DEUS POR NÓS!


3 – O OITAVO PÃO significa a nossa falta de REVELAÇÃO DA GRAÇA!


4 – O OITAVO PÃO significa a nossa falta de COPREENSSÃO DE QUEM É JESUS!


5 – O OITAVO PÃO significa as nossa INDEPENDÊNCIA  !

 

6 – O OITAVO PÃO significa os nossa JUSTIÇA PRÓPRIA!


7 – O OITAVO PÃO significa nossa RELIGIOSDIDADE !


8 – O OITAVO PÃO significa a nossa falta de FÉ! 

 

Conclusão 

 

Não guarde para você o OITAVO PÃO!.  Entregue TUDO nas mãos de Deus!

O Senhor não quer te recompensar com SETE CESTOS, mas com DOZE CESTOS!.

Em 2021 de seu tempo para Deus, invista em sua vida espiritual, seja um ofertante e dizimista fiel, priorize sua vida espiritual.

Não retenha aquilo que Deus te pedir, Ele quer multiplicar sua sementeira, creia no poder da multiplicação. 

O teu milagre só será maior quando você perceber que a partir de você, Deus quer abençoar outras vidas! E através de sua semente ele vai multiplicar sua sementeira.

 

Curiosidades que podem te ajudar na ministração :

 

Cada povo “‘com seu pão”

  1. A primeira multiplicação, dirigida aos judeus, aconteceu com cinco pães (cf. Marcos 6,38). Para os judeus, o 5 é um número muito forte simbolicamente, pois representa o Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia, que contém a Lei de Moisés e eram o “alimento da alma judaica”. Jesus, com5 pães, diz que Ele é o novo alimento que renova a antiga aliança.

A segunda multiplicação dirige-se aos pagãos e acontece com sete pães (cf. Marcos 8,5). Segundo a crença popular, existiam no mundo 70 nações pagãs, sua lista, inclusive, aparece na Bíblia (ver Gênesis 10). Por isso, é 7 o número de pães mas adequado para representar.

  1. Na primeira multiplicação, eram 5.000 homens (cf. Marcos 6, 44). Como vimos, o 5 é sagrado para os judeus.

Na segunda multiplicação, eram 4.000 homens (Marcos 8,9). Quatro representa os quatro pontos cardinais da terra, ou seja, a multidão de toda a terra.

  1. Na primeira multiplicação sobraram 12 cestos (cf. Marcos 6,43). O número doze lembra as doze tribos de Israel.

Na segunda multiplicação, sobram 7 cestas (cf. Mc 8,8), pois sete fazia alusão às setenta nações.

  1. O primeiro relato diz que as pessoas vinham de cidades vizinhas (cf. Marcos 6, 33), lembrando o povo judeu que cercava Jesus.

Já a segunda narrativa diz que havia gente vinda de longe (cf. Marcos 8,3), representando as nações pagãs, afastadas dos judeus.

  1. A primeira relata que as pessoas esperaram um dia apenas para a multiplicação (cf. Marcos 6,35), indicando a prontidão com que o povo judeu se beneficiou da Eucaristia,

No segundo relato, as pessoas esperaram três dias sem comer (cf. Marcos 8,2), referindo-se ao terceiro dia da ressurreição, fato que abriu o anúncio do Evangelho a todos os povos, incluindo os pagãos.

  1. No primeiro relato, as pessoas se reuniram em grupos de 50 e de 100 pessoas para comer (cf. Marcos 6,40), porque o povo de Israel, durante a caminhada pelo deserto com Moisés, estava organizado em grupos de 100 e 50 (cf. Êxodo 18,25 e Deuteronômio 1,15).

Na segunda multiplicação, as pessoas se organizaram espontaneamente para comer, mostrando a liberdade perante as estruturas judaicas.

  1. No primeiro milagre, os discípulos têm a iniciativa e se aflingem com a fome daquela gente (cf. Marcos 6,35-36), mostrando a preocupação dos primeiros cristãos em transmitir o Evangelho aos judeus.

No segundo, as pessoas esperam três dias sem comer e os apóstolos não reagem, até Jesus advertir sobre a fome do povo (cf. Marcos 8,1-3)..

  1. Na primeira multiplicação, Jesus sente compaixão pela multidão “porque eram como ovelhas sem pastor” (Marcos 6,34). Cita-se, assim, uma profecia de Ezequiel (34,5-6), que anuncia que Deus vai ocupar-se da fome de seu povo (cf. Ezequiel 34,13).

Diferentemente, no segundo relato Jesus sente compaixão “porque estão três dias sem comer” (cf. Marcos 8,2). Indica-se, assim, que também os pagãos são amados por Deus, por isso também se percebe a sua fome.

  1. No primeiro relato, a multidão senta-se “na relva verda” (Marcos 6,39). É uma alusão direta ao Salmo 22(23), muito conhecido dos judeus.

Na segunda multiplicação, as pessoas sentam-se “sobre a terra” (Marcos 8,6), simbolizando a universalidade, a totalidade do mundo, de onde vêm os pagãos.

  1. Na partilha dos pães com os judeus, as sobras enchem doze “cestos” (Marcos 6,43). A palavra grega usada no texto original para cesto é “kófinos”, que indica um recipiente pequeno, feito com cana e vime, comumente usado pelos judeus.

Na partilha com os pagãos, as sobras enchem sete cestas (Marcos 8,8). Aqui, o termo grego usado é “spyrís”, referindo-se a cestas grandes de corda, usados pelos pagãos para suas atividades. O tamanho grande das cestas as diferenciam das primeiras, indicando a multidão dos povos pagãos convidados para a Eucaristia.

 

Pr. Dotto