Os sete tipos de arrependimento
Ser membro de uma igreja evangélica não significa muita coisa. Ser nascido de novo é que faz toda a diferença.
Paulo disse que “nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura (Gl. 6:15).
Há pessoas que frequentam o culto todo Domingo, mas vão para o inferno porque nunca nasceram de novo. Nunca tiveram uma verdadeira experiência de arrependimento, nunca experimentaram mudança de natureza e de vida.
Por isso a grande questão é: você nasceu de novo?
Ninguém pode responder a essa pergunta a não ser você mesmo. O Espírito Santo Testifica com o nosso espírito quando somos filhos de Deus.
Sem arrependimento não há novo nascimento.
Ninguém pode dizer que é salvo se não teve uma experiência genuína de arrependimento.
A menos que haja arrependimento genuíno, não podemos experimentar novo nascimento.
A promessa bíblica é clara em Provérbios 28:13.
O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. Provérbios 28:13
Só alcança misericórdia quem confessa e deixa. Quem confessa e abandona. Tem gente que só confessa, mas nunca abandona coisa alguma. Há muitas pessoas que falam, mas não possuem frutos de arrependimento.
Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós
Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. I João 1:9- 2:2
Confessar genuinamente é a chave do arrependimento!!!
Arrepender é mudança de mente!!!
Confessar é declara-se culpado de uma acusação. (Homologeo)
Arrepender é mudar a maneira de pensar. ( Metanoia)
Será que existe um tipo de arrependimento falso? Eu creio que sim.
Há vários exemplos bíblicos de pessoas que aparentemente estavam se arrependendo, mas nunca experimentaram transformação em suas vidas.
O arrependimento delas não era genuíno. Para ilustrar isto eu quero mencionar sete tipos de arrependimentos.
Todos eles são exemplos bíblicos que pessoas que disseram: “eu pequei!” Todos eles, portanto, se reconheceram como pecadores, mas qual foi o resultado desta confissão na vida de cada um?
Precisamos tomar cada um deles como advertência para nós.
Nossa experiência espiritual precisa ser sincera e verdadeira se desejamos provar da glória de Deus.
O Arrependimento de Faraó
Então, Faraó mandou chamar a Moisés e a Arão e lhes disse: Esta vez pequei; o SENHOR é justo, porém eu e o meu povo somos ímpios. Êxodo 9:27
Se Faraó estivesse em nosso culto e no momento do apelo viesse a frente, todo o povo ficaria eufórico. Diriam: “Faraó se converteu! Aleluia!!” Veja bem o que Faraó está dizendo: “eu pequei, o Senhor é Justo, eu e o meu povo somos ímpios”.
Perece bem piedoso, mas nós sabemos que depois disso Faraó endureceu o coração e voltou a pecar.
Tendo visto Faraó que cessaram as chuvas, as pedras e os trovões, tornou a pecar e endureceu o coração, ele e os seus oficiais. Ex. 9:34.
Mas ele não tinha se arrependido? Este é Faraó, o pecador endurecido.
Ele até confessa que é pecador, mas só quando estiver passando por uma tribulação terrível.
Quando ele passa por dificuldade, ele confessa qualquer coisa.
Mas não é sincero diante de Deus. Não houve sinceridade no arrependimento de Faraó. Enquanto o trovão está ribombando nos ares, e a pedra está caindo do céu na testa dele, ele está de joelhos clamando: “pastor, o que que eu tenho que fazer? Eu tenho que me batizar? Que dia é o batismo? Eu sou pecador! Eu preciso tanto de Deus!”
Mas esta pessoa é apenas um Faraó, e o seu arrependimento não é verdadeiro. É o arrependimento que nasce na tempestade e acaba na calmaria.
Na hora que o pau quebra, ele ajoelha e clama. Na hora que as coisas voltam ao normal ele volta para o pecado novamente.
Esta pessoa não nasceu de novo. Aquele arrependimento que supostamente ele teve, não produziu mudança espiritual nenhuma.
Ele reconheceu que era ímpio e o pior dos pecadores. Olhando superficialmente até parece que ele está se convertendo. Mas espere até que todo trovão cesse e toda tempestade passe. Esse tipo de pessoa até começa a frequentar a igreja e chega mesmo e ser parte de uma célula. Mas quando ele percebe que a dificuldade passou e não há mais granizo caindo em sua cabeça, ele desaparece.
Alguns dirão depois disso que agora ele é um crente um desviado, mais um de muitos que a igreja não conseguiu consolidar. Muitos culpam a própria igreja por ele não ter permanecido. Ah! se a igreja tivesse cuidado melhor de Faraó ele teria permanecido conosco.
Apesar de todo esse questionamento a verdade é que faraó nunca se converteu.
É inútil dizer no meio da tempestade “eu pequei Senhor”, mas quando a calmaria chegar você continuar pecando.
De nada adiantou aquele arrependimento. Não teve valor espiritual. O verdadeiro arrependimento sempre resulta em mudança de vida. O Arrependimento de Balaão
Então, Balaão disse ao Anjo do SENHOR: Pequei, porque não soube que estavas neste caminho para te opores a mim; agora, se parece mal aos teus olhos, voltarei. Números 22:34
Na história de Balaão encontramos o nosso segundo tipo de arrependimento. Balaão é um símbolo do homem inconstante.
Diante do anjo do Senhor Balaão disse: “eu peque!” Aqui temos mais um pecador aparentemente contrito que reconhece o seu pecado.
Balaão é uma das pessoas mais estranhas de toda a Bíblia. Num momento ele falava como um profeta de Deus, outras vezes exibia a mais sórdida ganância do ímpio sem Deus.
A Palavra de Deus diz que o povo de Israel vinha pelo deserto e Balaque, era rei dos Moabitas, ficou com muito medo do povo de Israel. Ele sabia que Balaão era um vidente que profetizava por encomenda e então mandou buscá-lo na Mesopotâmia.
Depois de combinar o preço do serviço, Balaque contratou Balaão para que ele amaldiçoasse o povo de Israel.
Balaão estava saindo de casa para fazer o serviço, quando Deus colocou um anjo com a espada desembainhada na frente dele. A jumenta viu o anjo, mas Balaão não. Ela empacou no lugar e por três vezes Balaão bateu nela. Até que por fim a
própria jumenta falou. Depois disso que disse Balaão? “Eu pequei”, mas, apesar disto, ele se foi com seu pecado.
Lá no cume da montanha Balaão estava pronto para amaldiçoar, mas em vez disso ele diz: “não posso amaldiçoar a quem Deus não amaldiçoou!” E então começou a falar até mesmo da vinda de Cristo. Ele diz: “Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro” (Nm. 24:17).
Ouvindo palavras como essas você fica pensando que ele era um homem de Deus, mas aquilo era um engano.
Depois que ele desceu da montanha ele deu a Balaque os conselhos mais diabólicos para atacar a Israel. Ele diz: “você não pode vencê-los na batalha, porque Deus está com eles, então tente levá-los a pecar contra Deus.” Foi nesse momento que os moabitas enviaram mulheres para o meio de Israel para levarem o povo de Deus ao pecado.
Essas mulheres seduzirem os homens para adorarem outros deuses.
Não é notável que de uma mesma fonte possa jorrar num momento água pura e no momento seguinte a água mais impura?
Ele parecia com um anjo, mas tinha dentro de si a natureza de um demônio.
Do que nos fala Balaão? Que tipo de sujeito é esse? Que tipo de membro da igreja é ele? Balaão é o homem inconstante.
Num momento você o vê no monte profetizando, ele ora com tanto fervor e intensidade, mas quando desce da montanha ele dorme com a mulher do vizinho e rouba do patrão.
Alguns irmãos dizem: “ele é um crente que tem uma fraqueza”, mas eu diria que talvez ele não seja um irmão, mas apenas um Balaão.
Uma irmãzinha veio falar comigo a respeito de um líder de sua igreja. Ela disse: “pastor ele prega muito bem, ele fala com autoridade e tem unção. Mas então eu fui trabalhar na empresa dele. Ele mandou que eu assinasse os papeis de demissão como se já tivesse recebido todos os meus direitos, mas ele não me pagou nada. E agora diz que não vai pagar porque eu assinei como se tivesse recebido. Exatamente como Balaão, quando sobe a montanha ele fala coisas tremendas, mas quando desce, ele agarra na garganta do irmãozinho para arrancar dele até o último centavo.
Nunca tome a mensagem da graça e do amor de Deus como se fosse ocasião para o pecado.
Nunca pense que alguém nascido de novo pode viver como Balaão.
A graça de Deus não é provisão para o pecado, antes é o poder que o capacita a vencê-lo
Não interessa o quanto você é piedoso aos domingos, se durante a semana sua vida é desonesta, seus atos são impuros, sua vida é fraudulenta, então você não teve uma experiência de arrependimento genuíno.
De nada adianta confessar no Domingo “eu pequei”, e na Segunda-feira continuar no pecado.
O Arrependimento de Saul
Então, disse Saul a Samuel: Pequei, pois transgredi o mandamento do SENHOR e as tuas palavras; porque temi o povo e dei ouvidos à sua voz. I Samuel 15:24
Saul é o maior exemplo bíblico da pessoa insincera.
Ele representa o arrependimento falso sem verdade.
Assim como Faraó e Balaão nós encontramos Saul dizendo: “eu pequei, eu transgredi as palavras do Senhor, mas porque temi o povo”. No entanto as palavras de Saul não eram sinceras.
Balaão não era realmente hipócrita, ele acreditava em Deus. O problema é que ele acreditava igualmente em mamon. Ele tinha fé genuína para os dois lados e isso não salva ninguém.
Qual é o caso de Saul? O problema de Saul é a falta de sinceridade. Ele não fala a verdade diante de Deus.
Ele disse que pecou porque temeu o povo, mas isso era mentira porque Saul era um déspota que nunca temia a ninguém.
Ele disse: “Eu só errei porque fiquei com receio do povo”. Não era verdade! Ele não era verdadeiro em suas colocações.
Ele disse “eu pequei”, mas ele não queria realmente dizer aquilo, o que ele queria dizer era “eu tive que fazer porque você demorou Samuel, e como não tinha outro para fazer, eu acabei tomando a frente”.
Mas para não ficar mal é melhor dizer “eu pequei”, porque é mais piedoso, é mais religioso.
Alguns atendem o apelo para arrependimento, mas eles não se reconhecem pecadores. Eles fazem isso para agradar a alguém. Não o fazem da sinceridade do coração.
Às vezes até choram na reunião, mas rapidamente as lágrimas secam. Arrependimento sem sinceridade é uma ofensa a Deus. Zombamos de Deus quando a nossa confissão não procede da verdade do nosso coração.
O Arrependimento de Acã
Respondeu Acã a Josué e disse: Verdadeiramente, pequei contra o SENHOR, Deus de Israel, e fiz assim e assim. Josué 7:20
Acã simboliza o arrependimento duvidoso. O que é arrependimento duvidoso? É aquele que não dá para saber se a pessoa se arrependeu mesmo ou não. Certamente só na glória vamos saber.
Diz a Palavra de Deus que depois que o povo de Israel entrou em Canaã a primeira cidade que tiveram de conquistar foi Jericó. Deus disse que o despojo de todas as cidades poderia ficar para o povo, mas o despojo da primeira cidade conquistada deveria ser trazido para a Casa do Senhor.
Acã, porém, resolveu pegar para si uma capa babilônica, duzentos ciclos de prata e uma cunha de ouro do peso de cinquenta ciclos. Ele pegou tudo isso e escondeu na sua tenda.
Depois de conquistar a Jericó o povo foi lutar contra Ai, uma pequena cidade, e foi vergonhosamente derrotado. Josué foi orar e Deus lhe responde que havia pecado no meio do povo.
Alguém pecou, mas quem? Deus manda lançar sortes primeiro sobre as doze tribos. Depois fez cair a sorte sobre os cabeças de famílias daquela tribo até que se descobriu quem era a pessoa. Isso certamente demorou algumas horas, talvez todo o dia.
Acã teve oportunidade de confessar o seu pecado antes de ser descoberto, mas ele não confessou.
Quando a sorte caiu sobre ele Deus disse: “este é o homem”.
O que Acã respondeu? No verso vinte ele diz:
“Verdadeiramente pequei contra o Senhor Deus de Israel, e eis o que fiz: quando vi entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos ciclos de prata, e uma cunha de ouro do peso de cinquenta ciclos, cobicei-os e tomei-os; eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a prata debaixo da capa”.
Agora ele confessou tudo, mas diz a bíblia que ele estava condenado a morte. Acã foi apedrejado, mas antes de ser apedrejado ele confessou o pecado.
Ele é o caso típico de alguém que confessou o seu pecado na hora da morte. Mas a dúvida permanece.
Acã foi salvo ou não? Alguns mestres acham que sim, outros pensam que não. Não dá pra saber, não sei se ele foi salvo ou não.
Por um lado ele teve chance de se arrepender e não se arrependeu, pois só confessou quando foi descoberto. Por outro lado está escrito que ele disse “verdadeiramente eu pequei contra o Senhor”.
Simplesmente não dá para saber. É o arrependimento duvidoso. O Remorso de Judas
Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se. Mateus 27: 3-5
Olha mais um homem dizendo que pecou.
Todos esses que mencionei anteriormente disseram que pecaram, reconheceram que eram pecadores e mesmo assim não foram salvos.
Por que?
Porque a confissão não veio acompanhada de arrependimento verdadeiro.
Judas representa o pior tipo de arrependimento, na verdade devemos chamá-lo de remorso sem arrependimento.
Judas fez algumas coisas aparentemente positivas e o remorso para quem está olhando de fora pode até parece quebrantamento.
O sujeito está triste por causa do seu pecado. Ele está confessando e dizendo “pequei, trai sangue inocente” e mais, ele veio devolver o dinheiro que tinha recebido. Mas tudo isso era apenas remorso sem arrependimento.
Ele sabe que errou, sabe que não é apropriado o que fez e até sente tristeza por algumas dessas coisas, mas ele não mudou de opinião a respeito de si mesmo, ele continua com os mesmos padrões anteriores de pensamento. Esse é Judas.
Você encontra pessoas assim no mundo. Gente sensata, bons cidadãos, pessoas até honestas. Você as confronta com a verdade e elas até reconhecem que já fizeram coisas que não deviam ter feito. Até sentem tristeza por já terem prejudicado algumas pessoas. Sentem remorso pois não queriam ter feito isso, mas quando você as convida para se arrepender e mudar de vida elas retrocedem.
O espirito delas é o mesmo do de Judas. Essas pessoas podem caminhar uma existência debaixo de depressão, mas não conseguem se arrepender e mudar de vida. Andam curvadas debaixo de angustia e culpa, mas não assumem que são pecadores e precisam de um salvador.
Eu gosto de ver na televisão entrevistas com gente famosa. Invariavelmente o entrevistador lhes faz uma mesma pergunta: “você se arrepende de alguma coisa em sua vida?”
Neste momento a pessoa dá um sorriso de superioridade e responde: “não, não arrependo de nada que eu fiz”. É como se dissessem, “eu sou Deus, eu não erro, tudo o que eu fiz foi perfeito e maravilhoso”.
E o sujeito sai dali e vai se encher de drogas. Muitos morrem ainda jovens simplesmente porque o pecado vem cobrar a conta, pois o salário do pecado é a morte, o pagamento do pecado é a morte. Tem uma hora que o pecado cobra a conta. Você pode até se impressionar com o glamour dessas celebridades dizendo que não têm nada do que se arrepender, mas eles vivem cheio de remorso e angustia, se dopando e se embriagando o tempo inteiro para sentirem alguma sensação de alivio. Mas não encontram alívio algum porque a Bíblia diz que para o ímpio não há paz (Is. 48:22)..
Por isso Judas saiu e foi se enforcar, porque não se arrependeu apenas teve remorso.
Tem muita gente assim, ele trai a mulher, fica com remorso de ver a coitadinha sofrendo, “mas foi tão bom”, então ele volta ao prazer do pecado outras vezes. Sempre sentirá o mesmo remorso, mas nunca mudará pois não houve arrependimento.
Não adianta simplesmente sentir remorso por algo que você fez se não mudou a sua condição mental para reconhecer que é pecado.
Arrependimento é uma mudança de mente e não apenas um remorso deprimido.
O Arrependimento de Davi
Davi é o maior exemplo de um homem santo que pecou e se arrependeu.
O Salmo 51 é o registro da agonia da alma de Davi, após o seu terrível crime de adultério e assassinato. Num dia em que os reis saem para a guerra Davi resolveu ficar em casa. Por causa da ociosidade ele teve chance de ver uma mulher tomando banho.
Davi viu, cobiçou, adulterou e tentou esconder o seu pecado. Ele usou quatro planos para encobrir o seu pecado:
Plano A – Dar férias ao marido de Bate-Seba.
Plano B – Dar um banquete ao marido de Bate-Seba.
Plano C – Encomendar a morte do marido de Bate-Seba.
Plano D – Casar-se com Bate-Seba para esconder a gravidez.
Tudo parecia perfeito. Todas as provas do pecado foram aparentemente destruídas. Só uma coisa ele não contava: É que Deus estava vendo:
“… porém esta coisa que Davi fez pareceu mal aos olhos do Senhor” 2 Samuel 11:27.
Deus envia a Davi o profeta Natã. Ele conta um parábola. Davi lhe diz: “Este home deve morrer”. Natã lhe responde: “Tu és o homem”.
Davi, então, é tomado por um sentimento de culpa e horror. E foi nessa condição que ele escreveu o Salmo 51. Aqui Davi reconheceu o seu pecado, arrependeu-se, jogou o veneno fora e espremeu toda a sua ferida.
O arrependimento de Davi nos mostra o caminho da restauração.
Enquanto Davi calou o seu pecado, a sua vida murchou, os seus ossos secaram, a alegria de salvação foi embora, porque a mão de Deus pesava sobre ele de dia e de noite (Sl. 32:1-5).
Não há libertação, cura e nem restauração, onde não há arrependimento.
A primeira atitude de Davi foi reconhecer o seu pecado. Ele disse: “Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim (v. 3).
Davi por um tempo escondeu o seu pecado. Mas isso estava arruinando a sua vida. Ele, então, olhou de uma maneira séria o que havia feito. Convicção de pecado é o primeiro passo para a restauração. Não há esperança de perdão e restauração, enquanto você não reconhecer o seu pecado.
Não olhe para os outros. Não julgue nem culpe os outros. Seja honesto com você mesmo. Pare de argumentar e se justificar.
Faça como Davi: “Eu conheço as minhas transgressões” (v. 3). Faça como o filho pródigo: “Pai eu pequei contra os céus e diante de Ti”.
Davi violou sua consciência, desobedeceu a Palavra, ultrajou a santidade de Deus, escarneceu do seu amor, pisou a sua graça e cuspiu em sua bondade. Sempre que pecamos, nos insurgimos contra Deus.
A pessoa contra quem Davi pecou é Deus, mas a pessoa que ele deseja acima de tudo é Deus. Isso é o que faz diferença entre arrependimento e remorso.
Quando Adão pecou, ele fugiu de Deus. Quando Judas pecou, ele fugiu de Cristo. Muitos ao pecarem deixam a Deus, a igreja, a Bíblia, a oração. Fogem de Deus. Esse é o caminho oposto do arrependimento.
Mas Davi quer Deus. Ele quer aquele a quem ofendeu. Ele sabe que só Deus pode restaurá-lo. Ele sabe que Deus é benigno, misericordioso e perdoador.
Davi sabe que Deus não rejeita quem tem o coração quebrantado.
Nós sabemos mais ainda. A cruz foi onde Jesus morreu pelos nossos pecados. Quando nos voltamos para a cruz, encontramos uma fonte de cura, restauração e perdão. Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar.
O homem que não percebe que precisa de perdão não é cristão.
Devemos rejeitar toda desculpa e justificativa
Davi está dizendo que não tem desculpa nenhuma. Nenhuma defesa, nenhum direito a reivindicar. Ele está admitindo que o seu pecado foi resultado da sua obstinação. Reconhece que está totalmente errado. Nada tem para se justificar.
Enquanto você tentar se justificar, você não terá dado provas de arrependimento.
O arrependimento é o reconhecimento de que você não merece nada senão o juízo. É como o publicano que bate no peito e diz: “Sê propício a mim, pecador”. Mas gostamos de usar desculpas como:
“ Eu sou apenas um ser humano.”
“ Ninguém é perfeito.”
“ Eu não sou de ferro.”
“ Não espere de mim um perfeição.”
“ Todo mundo faz isso.”
“ Todo mundo vive de aparências.”
“ Ainda não fui tratado nessa área.”
“ Deus não tocou em meu coração sobre esse erro.”
“ Eu posso fazer isso porque tenho maturidade.”
“ Não há pastoreamento na igreja”
“ Não tenho discipulador”
“ Não fui ensinado”
“ Tenho uma trauma de infância”
“ Tenho problema de autoestima”
“ É do meu temperamento. Herdei de meu pai.”
Davi reconheceu que a razão de ter pecado não é o mundo fora dele, não é a beleza do corpo de Bate-Seba, é o seu coração impuro. Não é o mundo fora de mim, é algo dentro de mim que está corrompido.
Não é simplesmente uma questão do que eu faço, mas de quem eu sou. O meu maior problema sou eu. A minha mente é uma fábrica de iniquidade. É de dentro de mim que procedem maus desígnios.
Não é o mundo, é o meu coração. Não é simplesmente a pornografia, é o meu coração lascivo. Não é a guerra, é o meu coração perverso. Não é a injustiça social, é o meu coração avarento.
Quando você percebe esta verdade a seu respeito, a única coisa que você pode fazer é clamar como Davi: “Tem misericórdia de mim, ó Deus”.
Quando a consciência acorda é uma coisa tremenda. Mais cedo ou mais tarde a consciência de todo homem despertará. Às vezes, ela só desperta no leito da morte. Outras vezes, só depois da morte (Lc 16:19-31). A consciência do homem rico só despertou no inferno.
Por fim, o resultados do verdadeiro arrependimento é uma alegria genuína!!!
Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. Salmo 51:12
Essa alegria não é algo que tem a ver com o temperamento. É a alegria de Deus. É a alegria da salvação, é alegria do céu.
O seu pecado roubou dele temporariamente essa alegria. O pecado é um ladrão de alegria.
O Arrependimento do filho pródigo
Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti. Lucas 15:18
Esse é o arrependimento verdadeiro.
É o arrependimento que transforma a vida.
Aqui está a confissão verdadeiramente abençoada.
Esse é o arrependimento de quem quer voltar para Deus.
Você certamente conhece a história do filho pródigo. Jesus contou que certa vez um filho mais novo chegou ao seu pai e pediu a parte da herança a que tinha direito. Isso era algo particularmente grave pois quem pede a herança antes do pai morrer está na verdade desejando a sua morte.
O rapaz então foi embora para desfrutar do mundo.
O garoto precisa voltar para casa.
É preciso cair em si e dizer: “pai, eu pequei contra o senhor”. É preciso ter consciência de sua condição decaída e ansiar pelo aconchego do pai.
Esse é o verdadeiro arrependimento que produz novo nascimento. De nada adianta a aparência exterior, precisamos checar a realidade da experiência. Aquele que é nascido de Deus o maligno não o toca.
Aquele que voltou para a casa do pai não mais cogita voltar para a pocilga dos porcos. Não como Faraó que diz que é pecador mas, como um cão depois volta ao próprio vômito. Não é como Balaão que diz que fará uma coisa e faz outra. Não é como Saul que chora, mas nunca muda de vida. Não é como Acã que você não tem certeza se realmente se arrependeu. Esse jovem mostrou frutos de arrependimento. Ele saiu da lama e veio para a luz, ele saiu do buraco e subiu para a montanha. Ele deseja a casa do pai. Na vida dessa pessoa não existe lugar para demônios, antes o que querem é ser cheios do Espirito todos os dias.
Nós somos um povo que foi gerado de novo e você é gerado no dia do seu arrependimento.
O dia em que você pediu o batismo é o momento em que você caiu em si e disse: “o que eu estou fazendo da minha vida? Eu vou voltar para casa do meu Pai. Há um Deus amoroso me esperando. Não preciso mais viver debaixo da opressão? Ele me ama e está com a mão estendida para mim.”
Depois desse dia você não pode mais ser o mesmo.
Não se permita viver uma ilusão. Apenas frequentar cultos não pode mudar a sua vida.
Apenas ser membro de uma igreja evangélica não garante a salvação. Você precisa nascer de novo.
Hoje é dia de ter uma verdadeira experiência de fé e arrependimento. Venha para a casa do pai!